sexta-feira, outubro 26, 2007

As corridas

Ele hoje disse-me que tem passeado, que tem andado por aí como sempre o fez. Ele hoje disse-me que tem estado por perto, que nos tem feito companhia mesmo sem o sabermos. Ele hoje disse-me que a quinta e os cãezinhos lá continuam, que a garagem lá vai andando e que há mais uma corrida que não pode perder. Ele hoje disse-me que tem estado em festas de anos, em épocas especiais, ou naquela simples e deliciosa conversa de rua, de café, de ocasião, onde contávamos com a sua presença. Ele hoje disse-me que ainda ouve o ruído da estrada, sente a pressão das mãos no volante, a adrenalina a correr no espírito, os gritos da multidão, a ansiedade pela meta. Ele hoje disse-me, em tom de confissão, o quanto aprecia o seu sonho permanecer vivo naqueles que o acompanharam na doce rapidez dos tempos. Ele hoje disse-me tudo o que eu sei que diria. Ele está mais que nunca vivo dentro de nós e acima de tudo vivo dentro do seu próprio sonho de velocidade, vida, de muita paixão, esses que nunca se desvanecem e que, como hoje, vemos serem representados noutras situações. É assim que nos deparamos com o seu típico sorriso mesmo diante de nós...o tio Fefé.

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