domingo, março 25, 2007

Nunca conhecemos nada nem ninguém, assim verdadeiramente. De facto, cada vez acredito mais que estas ligações que estabelecemos uns com os outros são uma forma inocente de mostrarmos o quanto necessitamos de algo seguro, que nos prenda aos sitios, que nos faça ficar por cá, tendo um motivo certo. São desculpas para nos sentirmos melhor. Desculpas incertas, promessas furadas.
Mas continuamos a acreditar porque afinal não há outra solução. Continuamos a sofrer porque não existe outro caminho. Só a solidão. Para mim não dava, não me suporto.
“well, i’m ready to fly… but I ain’t got wings…”



Perde e volta a reaver. Erra e acerta em cheio. Escolhe e altera. Pára e avança. Mostra que só tu escolhes o teu destino e pelo menos desta vez, esquece que a tristeza existe. Desafia-te a ti mesmo a fazeres algo difícil, custoso mas fantástico porque foste tu e apenas tu que o conseguiste. A melhor parte? Se não conseguires agora, podes sempre tentar outra vez. Ninguém te julgará ou culpabilizará por não o conseguires e se houver um “alguém”, esse alguém serás tu mesmo.
A parte boa de um objectivo só teu? Podes alterá-lo quando quiseres. Criá-lo, construi-lo, imaginá-lo, desprezá-lo, destrui-lo, moldá-lo, mas agir de algum modo, nunca ficando indiferente.
Aquela música, aquele olhar, aquela imagem, aquele sorriso, aquele toque, aquela palavra, aquela sensação, fazem-te sentir o corpo vibrar, expectante? Então, corre, larga tudo, segue o teu rumo e não olhes para trás… a viagem ainda agora começou.

sexta-feira, março 16, 2007

as mil e uma coisas que odeio em ti

Vá la, vamos admitir: não somos perfeitos, não evitamos o ódio,a dor, a mágoa nem o sentimento de vingança.
Soltar as emoções, deixar correr os sentimentos, mesmo que estes não sejam os mais louváveis... o que interessa é que sejam verdadeiros. Nem tudo tem de ser bonito, nem sempre tem de ser tudo a cores florescentes.
Não faz mal odiar de vez em quando. Ser tão são e consciente às vezes torna-se insuportável.

terça-feira, março 06, 2007

"A verdade é que a compaixão e a crueldade podem viver, lado a lado, no mesmo coração."

Nunca acreditei que existisse maldade, assim no verdadeiro sentido da palavra. Como nos filmes ou desenhos animados que há sempre um mau da fita. As pessoas têm características diferentes: algumas qualidades e outros tantos defeitos que podem chocar ou não com as nossas próprias singularidades. Por exemplo se para nós a competência é uma qualidade essencial, então uma pessoa que tenha uma postura mais relaxada e de certo modo preguiçosa, vai ser para nós imediatamente designada como "má" ou "menos boa"; muito provavelmente o facto de ser preguiçosa não lhe elimina o resto das qualidades mas isso simplesmente choca com o facto de (neste caso) a competência estar no topo dos nossos princípios, daquilo em que acreditamos. Julgamos a pessoa a partir de quem somos e não a partir de quem realmente é.
Para vivermos bem e harmonia com aqueles que nos rodeiam temos de nos consciencializar que cada um é como é, mas acima de tudo temos de aprender a lidar com o facto de que não há impossíveis, de que a perfeição não existe porque afinal toda a gente é capaz de tudo.