Ás vezes gostávamos quiçá de ser infelizes. Infelizes para sentirmos a genialidade que advém desse enorme sentimento de mágoa, incrível dor e sofrimento. Parece um pensamento ridículo este de querer ficar triste, não é? Mas acima de tudo é um desejo maior que nós de podermos sentir cada fibra do nosso corpo, cada pontada na alma...o sentimento que mais nada resta, apenas a dor, apenas a raiva, apenas a arte.
"Espero que a saída seja feliz, e nunca mais voltar cá."
Frida Kahlo
5 comentários:
Não acredito que a infelicidade per se possa conduzir a algum tipo de genialidade. Aliás, a maior parte das pessoas melancólicas e deprimidas que conheço são também deprimentes no contacto. Mas o contrário é verdade...ser inteligente e lúcido, só pode conduzir a uma solidão mansinha que se instala cá dentro. É a náusea do Sartre, é a inadaptação do Pessoa. No fundo é saber que viver consiste em esperar a morte dos outros, de todos o maior dos sofrimentos.
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