E finalmente tomo consciência da minha própria existência. Não é que não o soubesse antes, que estou viva e presente, preparada para me diluir no passar dos acontecimentos. Agora sei que posso fazer os acontecimentos em si e não ser uma simples figurante tudo porque a vontade, a energia e a paixão residem dentro de mim, em todos os meus sentidos, e eu posso fazê-los acontecer, modificar, suceder...se assim o desejar.
Sou eu que escrevo o que digo por linhas tortas ou direitas, por versos doces ou amargos. Sou eu que sinto a chuva a escorrer miudinha pela pele ansiosa de calor, sou eu que absorvo o silêncio dentro do meu olhar, sou eu que sorrio ao espelho porque afinal tenho força inegável nas minhas mãos e com ela posso fazer realmente tudo, tudo o que quiser.
2 comentários:
Engraçado, descobri essa capacidade quando tinha a tua idade. Passamos a vida a reboque dos outros até que um dia percebemos que dependemos muito mais de nós do que dos outros. Entre ser assim e nós nos apercebermos disso costumam ir uns anos.
Infelizmente esse estado de alma não dura para sempre e a evolução (ou involução, neste caso) costuma ser no sentido de começares a ter de condicionar a tua vida e aquilo que dizes e fazes. É aquilo a que se chamar "engolir sapos".
(continuação do comentário anterior)
Continuando na saga musical, e depois de "a culpa é da vontade", a este comentário poderia dar-se o título "Reduz as necessidades se queres passar bem"
É a única maneira de dependeres mais de ti e menos dos outros.
Postar um comentário