E é assim, o vazio. Nem felicidade, nem tristeza, nem euforia, nem amargura… Simplesmente o nada…que preenche o nosso todo. E por momentos, é como se não fossemos ninguém, é como se abandonássemos qualquer tipo de sensação para nos entregarmos por breves instantes ao nada. Não pensar, não querer, não sentir, não desejar, não ficar, não ir, não pedir, não esperar, não chorar, não sorrir, não magoar…não enlouquecer. Não ficar preso a importâncias ou banalidades, não ter de ser nada por instantes. Não ser obrigado a viver, a sentir tudo tão intensamente.
E então, o vazio instala-se. Não há nada. Apenas o respirar e o mover robótico, mais nada. Nem o frio ou o quente, nem o bom ou o mau. Apenas o olhar distante, frio e a expressão tranquila de um corpo desabitado. As mãos tremem nervosas, ansiando por qualquer reacção ao meio exterior, as lágrimas caem desejando chorar, o sorriso abre-se, nervoso esperando por rir sem medo.
Nada. O acordar de olhos fechados, o andar sem mover os membros, o tocar sem sentir a pele, o sorrir de lábios cerrados, o chorar de lágrimas secas. O escape do sofrimento e para o sofrimento. A saída que, afinal, não tem retorno. O vazio.
Um comentário:
Mais q talentoso,considero-me 1 sortudo por ter o previlegio de poder ler o k escreves, a manira como lidas com a vida...Nasceste ñ so pra viver mas tmbm pra ajudar a faze-lo.E nesse capitulo o talento e todo teu.Bjs
o joão
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